Esse post foi retirado da reportagem de capa da revista ValorInveste da edição de maio de 2008. Caso haja interesse em saber mais recomendo a compra da edição.
Ele é só mais um investidor que construiu um verdadeiro império. Todos os dias, vestindo calça jeans e camisa pólo surrada, sai do metrô e caminha alguns quarteirões, até chegar ao prédio da corretora, onde ocupa o seu lugar na mesa de operações. Quem observa a cena que se repete há 30 anos, não imagina que aquele senhor, de quase 70 anos, possui um patrimônio bilionário. Ele é o exemplo acabado do investidor que saiu do nada. Luiz Barsi Filho é filho de imigrantes europeus, que chegaram ao Brasil sem dinheiro algum. Começou trabalhando como ajudante de operador de pregão e aplicava o que sobrava do seu salário, no fim da década de 60. Começou a estudar o mercado de ações, em 1972, para tentar se livrar de um conhecido que tinha cismado em lhe vender um plano de aposentadoria privado. Ele estava convencido de que o investimento em ações era imbatível para a aposentadoria e queria provar isso ao seu conhecido.
Barsi é o maior acionista individual do Banco do Brasil, possui fatias importantes da Eternit e da Unipar. Ele não precisaria ir todos os dias para a corretora, mas para ele é um ritual, “Venho aqui fazer meu tricô”, conta. O olho grudado nas telas de cotações pode dar a impressão de que ele gosta de girar a carteira de ações, mas para ele não há pecado maior que vender. “Nunca vi ninguém que tenha ganho dinheiro de verdade com especulação. Só uns trocados. É uma imbecilidade. O giro continua e só é bom para as corretoras e para a bolsa, que ganham as taxas de corretagem”, assim como Lírio Parisotto seu lema é comprar.
Inspirado pelas filosofias de investimento de Warren Buffet, Barsi construiu ao longo de 35 anos, uma carteira de ações que é um verdadeiro fluxo de dividendos e juros sobre o capital próprio. Há 20 anos não trabalha. Não perde as noites de sono com as turbulências do mercado e as quedas da bolsa. Quando o tempo fecha e os investidores se desesperam, ele compra mais ações. Para ele o que importa não é a cotação, mas o aumento da quantidade de ações em carteira, o que renderá mais dividendos.
O seu método de investir se resume em: comprar ações com projetos perenes, de baixo valor patrimonial e boa distribuição de dividendos. Para ele o investidor tem que ter espírito de parceria, olhar lá na frente, considerar o projeto e sentir-se sócio da empresa. Ainda que tenha perdido muito dinheiro com os bancos Econômico e Nacional, prefere manter a política de não vender. Prefere ter 4% de 5700 postos de gasolina do que ser o dono de um posto inteiro.
Procurei com este post trazer a história de outro grande investidor brasileiro, que conhece profundamente o mercado de ações e viveu profissionalmente desse mercado. Espero que tenham gostado e que essa história conforme os investidores mais aflitos.
Um grande abraço e boa sorte!!!
3 comentários:
aonde você achou essas reportagens? Tem mais otros grandes investidores que você conheça?
i like your blog......
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Gustavo
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