Em maio deste ano a revista ValorInveste publicou uma reportagem com o título: ”Eles enriqueceram na bolsa remando contra a maré”. É uma reportagem sobre 8 dos maiores investidores brasileiros na bolsa de valores. A história desses investidores é tão inspiradora que eu não poderia deixar de escrever um post sobre eles, sugiro até que comprem a revista, será um investimento que valerá à pena. Os métodos desses homens são surpreendentes: nada de informação privilegiada ou compra e venda rápida de ações. Muitos deles começaram a comprar ações como um meio de complementar a sua aposentadoria quando envelhecessem. Suas estratégias se assemelham com as de Warren Buffet. Há algum tempo eu havia pensado em escrever sobre a análise técnica (gráfica), mas confesso que fiquei maravilhado com a história desses investidores. Não estou dizendo que a análise gráfica não funciona, só estou dizendo que eu prefiro os fundamentos econômicos na hora de investir.
Este é o primeiro post de uma série de post’s que contam a história desses investidores.
A história desse grande investidor de sucesso começa em 1971. Nessa época ele perdeu todo o prêmio que ganhou de um concurso de monografias na bolsa de valores. Essa não foi sua única perda, em 1986 perdeu novamente boa parte do seu capital na bolsa, o dinheiro seria usado para abrir um negócio, algo como US$ 200 mil. Hoje Parisotto possui uma carteira de ações avaliada em R$ 1,5 bilhões. Nada mal, não acham?!
Depois de tantas perdas ele resolveu estudar o mercado e ler biografia de grandes investidores. Ele conta que só se deu conta de seus erros quando viu uma folha onde mostrava o desempenho da Bovespa ao longo dos anos. “Percebi que havia cometido o erro mais primário: tinha entrado nos dois maiores picos da bolsa. Estava lá para pagar a conta na hora em que a bolha estourou”.
Reparem nas dicas de Parisotto, quando a bolsa caiu em 1998 foi à bolsa e comprou CSN, Eletrobrás e Usiminas e desde então não tirou dinheiro da bolsa. Ele reaplica todo dinheiro que ganha com os dividendos e jamais coloca na bolsa o dinheiro do qual vai precisar. Considera sua carteira de 12 ações que tem apenas 10 anos uma poupança para aposentadoria e considera que mais que 12 ações são difíceis para controlar. Parisotto dificilmente vende suas ações e se substitui uma por ano é muito. Não gosta de relatórios emitidos por analistas, prefere fazer suas próprias análises. Busca comprar ações de setores onde o Brasil tem vantagem competitiva: petróleo, petroquímica, siderurgia e mineração e sempre tem em seu portfólio uma ação de risco.
Pasmem, Lirio Parisotto é médico! Não teve formação em economia ou algo relacionado. Para se manter informado Parisotto contrata serviços especializados. Ele também conta que não é preciso ter tempo livre para investir e que quem tem tempo livre acaba perdendo dinheiro fazendo Day Trade.
2 comentários:
Desculpe não tenho experiência nisso, o pouco de informação que absorvi foi no livro "investimentos" do Mauro Halfeld e lá, ele diz que se a quantia for menos que 30 mil reais é melhor os fundos de ações, se você puder me dizer o porque que é melhor fazer o investimento diretamente eu te agradeço!!!!
E em relação a minha pergunta:
Se é uma boa começar a investir em apenas 2 empresas e depois com os outros 20% da minha renda variar ou já começar variando?
1 segundo atrás - Alterar - Excluir
Eu discordo um pouco do Mauro, com R$ 30 mil no longo prazo dá pra ganhar uma boa grana. Um exemplo disso é que nos últimos 10 anos as ações da vale valorizaram aproximadamente 6.000%, ou seja, se você tivesse investido R$ 20 mil há 10 anos hoje você teria um ativo de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil) fora os dividendos, algo em torno de R$23.000 por ano (sobre os dividendos não há incidência de impostos).
Eu prefiro as ações justamente porque com ações paga-se menos impostos e com os fundos você ainda ganha um sócio: a administradora dos fundos. Isso reduz os ganhos.
Tenho ainda mais uma coisa para dizer: quando se investe em ações você vira sócio e então tem que agir como sócio da empresa, você tem que se interessar pelo mercado de atuação, pelo balanço patrimonial, pelo demosntrativo de resultados, pelos indicadores macroeconomicos, pela economia internacional e etc.. Não basta só comprar a empresa. Quando você me pergunta se deve começar com duas empresas a minha resposta é: você pode começar com quantas empresas você quiser, desde que tenha tempo para se dedicar a estudá-las.
Um abraço e boa sorte!!!
Se tiver mais dúvidas e eu souber como te ajudar pode contar comigo.
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